Artista: Tobias Gaede. 2017. Vídeo-instalação. V MMPMA.
O cubo é tanto uma entidade conceitual abstrata como também um elemento concreto da espacialidade. Becoming a White Cube apresenta uma discussão a respeito do espaço volumétrico em contraposição à planificação da imagem videográfica. Duas telas são postas perpendicularmente numa sugestão de complementariedade. O volume de um cubo imaginário surge apenas pela subjetivação daquilo que é apresentado, como que numa experiência da Gestalt. A obra evidencia ainda o que seria a arché (o elemento fundamental do qual se origina a complexidade do mundo, numa alusão aos pré-socráticos) dos equipamentos de geração de imagens eletrônicas: o RGB. Em Becoming a White Cube, os pulsos em vermelho, verde e azul são acelerados e tornam a cor visível progressivamente mais próxima de uma ilusão de branco, apoteose que não chega a ser alcançada, visto que a imagem gerada por esta videoinstalação não se torna branca, e está muito distante de se tornar cubo.